sábado, 28 de julho de 2012

PERSONALIDADES ALVINEGRAS: OCTÁVIO PINTO GUIMARÃES


Octávio Pinto Guimarães não trabalhou apenas em futebol. Funcionou em muitas outras atividades, apresentando um currículo extenso, que comprova toda a sua competência.
Octávio nasceu em 26 de maio de 1922, na cidade do Rio de Janeiro. Foi filho de Mário Buarque Pinto Guimarães e Elvira Couto Pinto Guimarães.
Casou-se com Heloísa Helena Schuback Pinto Guimarães, em 1960. Seu filho, nascido em 1963, chama-se Octávio Pinto Guimarães Filho.
Em 1944, Octávio Pinto Guimarães formou-se em Direito pela Faculdade Nacional da Universidade do Brasil, inscrito na O.A.B. sob o número 4.482. Foi funcionário do Ministério da Viação e Obras Públicas de 1938 a 1942, do Ministério da Educação e Saúde, de 1942 a 1945 e do Banco do Brasil S. A. a partir de 21 de junho de 1945, tendo sido nomeado seu advogado em 10 de janeiro de 1953, aposentando-se no último posto da carreira, em 22 de março de 1974.
Em 1974 passou a ser diretor financeiro da Riotur, dividindo o tempo com suas atividades de dirigente de futebol.
No campo esportivo, trabalhou como diretor da Federação Metropolitana de Basquetebol, em 1942. Foi representante do Botafogo na mesma entidade, de 1942 a 1947. Foi ainda secretário-geral da Confederação Brasileira de Desportos Universitários, de 1942 a 1944; presidente da mesma entidade de 1944 a 1946, representante do Botafogo na Federação Carioca de Futebol, de 1944 a 1949 e de 1958 a 1967. No basquetebol, foi presidente dos Conselhos Supremo e de Julgamentos da Federação Metropolitana da modalidade, de 1950 a 1954.
No Botafogo, Octávio Pinto Guimarães foi diretor de futebol, de propaganda e do departamento Técnico-Administrativo, de 1959 a 1963. No mesmo clube foi eleito vice-presidente de 1964 a 1967.
Teve uma passagem vitoriosa pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, a qual presidiu por mais de 18 anos, com nove reeleições.
Foi presidente da Confederação Brasileira de Futebol no período de 17 de janeiro de 1986 a 16 de janeiro de 1989.
Faleceu no dia 28 de junho de 1990, no Hospital Beneficência Portuguesa, vítima de câncer.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O BOTAFOGO NO CAMPEONATO CARIOCA DE 1954

BOTAFOGO 3 x 1 OLARIA
Data: 22/08/1954
Local: General Severiano
Árbitro: Serafim Moreno
Renda: Cr$ 84.995,00
Gols: Carlyle, Garrincha e Dino da Costa / Washington
BOTAFOGO: Gilson, Orlando Maia e Nilton Santos; Bob, Ruarinho e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Quarentinha e Neyvaldo. Técnico: Gentil Cardoso.
OLARIA: Wilson, Osvaldo e Jorge; Olavo, Moacir e Haroldo; Eltes, Washington, Gringo, Maxwell e Mário. Técnico: Délio Neves.

BOTAFOGO 2 x 0 MADUREIRA
Data: 29/08/1954
Local: Conselheiro Galvão
Árbitro: Amílcar Ferreira
Renda: Cr$ 125.035,20
Gols: Dino da Costa (2)
BOTAFOGO: Gilson, Orlando Maia e Nilton Santos; Bob, Ruarinho e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Quarentinha e Neyvaldo. Técnico: Gentil Cardoso.
MADUREIRA: Irezê, Deuslene e Darci; Ápel, Weber e Mário; Zezinho, Machado, Dirceu, Edson e Osvaldo. Técnico: Plácido Monsores.

BOTAFOGO 3 x 1 CANTO DO RIO
Data: 05/09/1954
Local: Caio Martins
Árbitro: Amílcar Ferreira
Renda: Cr$ 144.048,00
Gols: Dino da Costa (2) e Quarentinha / Zequinha
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Ruarinho e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Quarentinha e Neyvaldo. Técnico: Gentil Cardoso.
CANTO DO RIO: Celso, Cosme e Carlos; Roberto, Moreno e Dico; Almir, Osmar, Zequinha, Edésio e Jairo. Técnico: Alcebíades Bessa.

BOTAFOGO 4 x 2 PORTUGUESA
Data: 12/09/1954
Local: Laranjeiras
Árbitro: Diego Di Léo
Renda: Cr$ 55.273,70
Gols: Quarentinha (2), Dino da Costa e Garrincha / Neca e Ivan
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Ruarinho e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Quarentinha e Neyvaldo. Técnico: Gentil Cardoso.
PORTUGUESA: Antoninho, Válter e Cicarino; Áureo, Elba e Mário Faria; Guilherme, Ivan, Miltinho, Neca e Baduca. Técnico: Durval Caldeira.

BOTAFOGO 1 x 3 VASCO DA GAMA
Data: 19/09/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Diego Di Léo
Renda: Cr$ 1.251.489,20
Gols: Quarentinha / Ademir Menezes (2) e Pinga
Expulsão: Ruarinho.
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Ruarinho e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Quarentinha e Neyvaldo. Técnico: Gentil Cardoso.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Paulinho e Bellini; Mirim, Laerte e Dario; Sabará, Ademir Menezes, Vavá, Pinga e Parodi. Técnico: Flávio Costa.

BOTAFOGO 2 x 3 FLUMINENSE
Data: 25/09/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Joseph Gulden
Renda: Cr$ 374.057,30
Gols: Paulinho (2) / Valdo, Robson e Escurinho
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Arati, Bob e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Quarentinha, Paulinho e Neyvaldo. Técnico: Gentil Cardoso.
FLUMINENSE: Castilho, Getúlio e Duque; Jair Santana, Édson e Bigode; Telê, Didi, Valdo, Robson e Escurinho. Técnico: Zezé Moreira.

BOTAFOGO 0 x 0 BONSUCESSO
Data: 02/10/1954
Local: Teixeira de Castro
Árbitro: Joseph Gulden
Renda: Cr$ 43.352,30
Obs.: O jogador Alemão foi para o gol no lugar do goleiro Ari, que se machucou.
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Arati, Bob e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
BONSUCESSO: Ari (Alemão), Bibi e Gonçalo; Jophe, Valdemar e Paulo; Bené, Soca, Moacir Vinhas, Décio e Alemão. Técnico: Silvio Pirilo.

BOTAFOGO 2 x 4 BANGU
Data: 16/10/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Paul Wissling
Renda: Cr$ 160.484,40
Gols: Carlyle (2) / Décio Esteves (2) e Miguel (2)
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Arati, Bob e Juvenal; Garrincha, Paulinho, Carlyle, Quarentinha e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
BANGU: Fernando, Édson e Tórbis; Gavillán, Zózimo e Jorge; Miguel, Lucas, Zizinho, Décio Esteves e Nívio. Técnico: Elba de Pádua Lima (Tim).

BOTAFOGO 1 x 1 AMÉRICA
Data: 23/10/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Diego Di Léo
Renda: Cr$ 237.315,80
Gols: Dino da Costa / Wassil
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Quarentinha. Técnico: Gentil Cardoso
AMÉRICA: Osni, Agnelo e Osmar; Rubens, Osvaldinho e Ivan; Wassil, Alarcón, Leônidas, João Carlos e Denone. Técnico: Martim Francisco.

BOTAFOGO 3 x 0 SÃO CRISTÓVÃO
Data: 28/10/1954
Local: General Severiano
Árbitro: Joseph Gulden
Renda: Cr$ 69.843,90
Gols: Dino da Costa (2) e Neyvaldo
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Neyvaldo. Técnico: Gentil Cardoso.
SÃO CRISTÓVÃO: Hélio, Conceição e Ivan II; Zé Alves, Valdir e Décio; J. Alves, Nelsinho, Santo Cristo, Cosme e Carlinhos. Técnico: Osvaldo Costa.

BOTAFOGO 1 x 1 FLAMENGO
Data: 07/11/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Joseph Gulden
Renda: Cr$ 902.039,20
Gols: Dino da Costa / Evaristo
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
FLAMENGO: Garcia, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Rubens, Índio, Evaristo e Zagalo. Técnico: Fleitas Solich.

BOTAFOGO 5 x 0 MADUREIRA
Data: 14/11/1954
Local: General Severiano
Árbitro: Paul Wissling
Renda: Cr$ 58.302,60
Gols: Garrincha, Dino da Costa (3) e Paulinho
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
MADUREIRA: Danton, Deuslene e Darci; Ápel, Nilo e Mário; Milton, Zezinho, Machado, Edson e Bira. Técnico: Plácido Monsores.

BOTAFOGO 2 x 0 SÃO CRISTÓVÃO
Data: 20/11/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Paul Wissling
Renda: Cr$ 78.143,90
Gols: Dino da Costa e Garrincha
BOTAFOGO: Joselias, Orlando Maia e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
SÃO CRISTÓVÃO: Hélio, Manfredo e Jorge; Zé Alves, Severino e Décio; Arlindo, Santo Cristo, Cabo Frio, J. Alves e Carlinhos. Técnico: Osvaldo Costa.

BOTAFOGO 5 x 2 BONSUCESSO
Data: 27/11/1954
Local: General Severiano
Árbitro: Paul Wissling
Renda: Cr$ 78.181,80
Gols: Paulinho, Carlyle, Garrincha, Dino da Costa e Vinícius / Moreira e Nilo
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
BONSUCESSO: Ari, Tião e Alfredo; Jophe, Décio e Paulo; Hugo, Moreira, Nilo, Soca e Bené. Técnico: Silvio Pirilo.

BOTAFOGO 2 x 1 PORTUGUESA
Data: 05/12/1954
Local: Campos Sales
Árbitro: Antônio Viug
Renda: Cr$ 65.444,00
Gols: Dino da Costa e Carlyle / Miltinho
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
PORTUGUESA: Antoninho, Válter e Cicarino; Haroldo, Joe e Mário Faria; Guilherme, Miltinho, Baduca, Neca e Joel. Técnico: Durval Caldeira.

BOTAFOGO 2 x 3 FLAMENGO
Data: 12/12/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Paul Wissling
Renda: Cr$ 1.040.143,90
Gols: Dino da Costa e Carlyle / Evaristo (2) e Zagalo
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
FLAMENGO: Garcia, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Rubens, Índio, Evaristo e Zagalo. Técnico: Fleitas Solich.

BOTAFOGO 5 x 1 CANTO DO RIO
Data: 19/12/1954
Local: General Severiano
Árbitro: Eunápio de Queirós
Renda: Cr$ 19.491,20
Gols: Carlyle (3), Dino da Costa e Garrincha / Zequinha
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
CANTO DO RIO: Celso, Garcia e Carlos; Edésio, Moreno e Arnóbio; Robertinho, Almir, Zequinha, Bené e Jairo. Técnico: Alcebíades Bessa.

BOTAFOGO 2 x 4 VASCO DA GAMA
Data: 22/12/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$ 673.278,60
Gols: Dino da Costa (2) / Nilton Santos (contra), Parodi, Pinga e Alvinho
BOTAFOGO: Joselias, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
VASCO DA GAMA: Victor Gonzalez, Mirim e Elias; Eli, Laerte e Dario; Sabará, Alvinho, Vavá, Pinga e Parodi. Técnico: Flávio Costa.

BOTAFOGO 3 x 3 BANGU
Data: 30/12/1954
Local: Maracanã
Árbitro: Paul Wissling
Renda: Cr$ 140.553,30
Gols: Garrincha, Paulinho e Carlyle / Mário (2) e Lucas
BOTAFOGO: Joselias, Orlando Maia e Nilton Santos; Bob, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Gentil Cardoso.
BANGU: Cabeção, Joel e Tórbis; Haroldo, Zózimo e Jorge; Calazans, Lucas, Zizinho, Mário e Décio Esteves. Técnico: Elba de Pádua Lima (Tim).

BOTAFOGO 3 x 0 OLARIA
Data: 09/01/1955
Local: Rua Bariri
Árbitro: Amílcar Ferreira
Renda: Cr$ 35.972,60
Gols: Vinícius, Paulinho e Dino da Costa
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Danilo Alvim e Ruarinho; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Zezé Moreira.
OLARIA: Aníbal, Osvaldo e Jorge; Moacir, Tião e Dodô; Canário, Washington, Gringo, Maxwell e Mário. Técnico: Délio Neves.

BOTAFOGO 1 x 3 FLUMINENSE
Data: 15/01/1955
Local: Maracanã
Árbitro: Amílcar Ferreira
Renda: Cr$ 333.763,50
Gols: Dino da Costa / Ambrois (2) e Pinheiro
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Danilo Alvim; Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinícius. Técnico: Zezé Moreira.
FLUMINENSE: Adalberto, Píndaro e Pinheiro; Jair Santana, Édson e Bigode; Telê, Ramiro, Ambrois, Robson e Escurinho. Técnico: Gradim.

BOTAFOGO 1 x 3 AMÉRICA
Data: 22/01/1955
Local: Maracanã
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$ 172.551,00
Gols: Dino da Costa / Ivan, Alarcón e Leônidas
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Danilo e Juvenal; Garrincha, Paulinho, Carlyle, Dino da Costa e Vinícius. Técnico: Zezé Moreira.
AMÉRICA: Osni, Cacá e Édson; Ivan, Osvaldinho e Hélio; Paraguaio, Alarcón, Leônidas, João Carlos e Ferreira. Técnico: Martim Francisco.

BOTAFOGO 3 x 3 FLUMINENSE
Data: 27/01/1955
Local: Maracanã
Árbitro: Amílcar Ferreira
Renda: Cr$ 258.009,00
Gols: Vinícius (2) e Dino da Costa / Didi, Telê e Ambrois
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Danilo Alvim e Juvenal; Garrincha, Dino da Costa, Vinícius, Ruarinho e Ariosto. Técnico: Zezé Moreira
FLUMINENSE: Adalberto, Píndaro e Getúlio; Jair Santana, Édson e Bigode; Telê, Robson, Ambrois, Didi e Escurinho. Técnico: Gradim.

BOTAFOGO 1 x 1 VASCO DA GAMA
Data: 02/02/1955
Local: Maracanã
Árbitro: José Gomes Sobrinho
Renda: Cr$ 585.849,70
Gols: Vinícius / Parodi
BOTAFOGO: Gilson, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Danilo Alvim; Garrincha, Dino da Costa, Vinícius, Ruarinho e Ariosto. Técnico: Zezé Moreira.
VASCO DA GAMA: Victor González, Paulinho e Elias; Eli, Laerte e Dario; Sabará, Ademir Menezes, Vavá, Pinga e Parodi. Técnico: Flávio Costa.

BOTAFOGO 2 x 1 BANGU
Data: 05/02/1955
Local: Maracanã
Árbitro: Antônio Viug
Renda: Cr$ 153.210,20
Gols: Dino da Costa e Vinícius / Décio Esteves
BOTAFOGO: Gilson, Thomé e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Danilo Alvim; Garrincha, Dino da Costa, Vinícius, Paulinho e Ariosto. Técnico: Zezé Moreira.
BANGU: Cabeção, Joel e Tórbis; Gavillán, Zózimo e Jorge; Mário, Lucas, Zizinho, Décio Esteves e Nívio. Técnico: Elba de Pádua Lima (Tim).

BOTAFOGO 0 x 2 FLAMENGO
Data: 09/02/1955
Local: Maracanã
Árbitro: Mário Gonçalves Vianna
Renda: Cr$ 871.030,30
Gols: Índio e Babá
BOTAFOGO: Gilson, Thomé e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Danilo Alvim; Garrincha, Dino da Costa, Vinícius, Ruarinho e Ariosto. Técnico: Zezé Moreira.
FLAMENGO: Garcia, Tomires e Pavão; Servílio, Dequinha e Jadir; Paulinho, Evaristo, Índio, Benítez e Babá. Técnico: Fleitas Solich.

BOTAFOGO 2 x 4 AMÉRICA
Data: 13/02/1955
Local: Maracanã
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Renda: Cr$ 105.906,00
Gols: Vinícius e Garrincha / João Carlos (2), Leônidas e Paraguaio
BOTAFOGO: Gilson, Thomé e Nilton Santos; Orlando Maia, Bob e Danilo Alvim; Garrincha, Dino da Costa, Vinícius, Paulinho e Neyvaldo. Técnico: Zezé Moreira.
AMÉRICA: Osni, Cacá e Édson; Ivan, Osvaldinho e Alzemiro; Paraguaio, Alarcón, Leônidas, João Carlos e Ferreira. Técnico: Martim Francisco.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

MORRE O EX-TREINADOR JORGE VIEIRA




Menos de uma semana depois de completar 78 anos, faleceu no Rio de Janeiro (RJ), de infarto, nessa terça-feira, 24 de julho de 2012, o ex-treinador Jorge Vieira.
Nascido no dia 18 de julho de 1934, no Rio de Janeiro (RJ), Jorge Silva Vieira rodou o Brasil e o mundo trabalhando como treinador.
Em janeiro de 2007, exerceu a sua última função no futebol, de diretor técnico do América, clube do qual era torcedor.
Foi campeão carioca pelo América, em 1960, quando tinha apenas 26 anos.
Depois passou por Vasco da Gama (RJ), Vitória de Guimarães (Portugal), Vitória (BA), Campo Grande (RJ), América (MG) e Coritiba (PR).
Em 1977, dirigindo o Botafogo de Ribeirão Preto, Jorge Vieira levou o time do interior paulista a conquistar o título da Taça Cidade de São Paulo, que equivalia ao primeiro turno do Paulistão, comandando, entre outros jogadores, o craque Sócrates.
Depois do Botafogo de Ribeirão, Jorge Vieira dirigiu o Palmeiras em 1977 e 1978, levando o Palmeiras ao vice-campeonato brasileiro em 1978.
Em 1979, ele foi o técnico campeão paulista dirigindo o Corinthians. Depois, voltou a trabalhar no Palmeiras, Portuguesa de Desportos e Bangu.
Tornou-se novamente campeão paulista pelo Corinthians em 1983.
Ainda na década de 80, veio mais uma conquista surpreendente: classificou a seleção do Iraque à Copa do Mundo de 1986. No entanto, não teve a oportunidade de dirigir a equipe na competição.
Jorge Vieira voltou a dirigir o Corinthians entre 1986 e 1987, mas não conseguiu mais títulos no Parque São Jorge. Logo depois, aceitou o desafio de trabalhar no México, onde permaneceu até 1992, dirigindo times como o América (bicampeão mexicano nas temporadas 1987/1988 e 1988/1989) e Puebla.
Voltou ao Brasil, treinou o Coritiba e foi convidado novamente para deixar o Brasil, sendo treinador da seleção de El Salvador e de novo no México, quando dirigiu o Tigres Nuevo León nos anos de 1994 e 1995.
De volta ao Brasil, treinou o Fluminense e outra vez voltou ao México, para treinar o Toros Neza e o Delfines de Coatzacoalcos, nos anos de 2003 e 2004.
Como jogador, Jorge Vieira foi lateral do Madureira, encerrando cedo a carreira de jogador.
No Botafogo, Jorge Vieira teve três rápidas passagens: em 1979, 1982 e 1985.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

JOGADORES QUE ATUARAM, QUANTIDADE DE JOGOS E GOLS MARCADOS NO CAMPEONATO CARIOCA DE 1960


JOGADORES
JOGOS
GOLS
AMARILDO
15
1
CACÁ
22

CHICÃO
21

CHINA
5
3
DIDI
17
9
ÉDISON
5

FRAZÃO
1

GARRINCHA
21
9
GENINHO
3
1
GENIVALDO
12
8
JORGE
7

MANGA
22

NEYVALDO
1
2
NILTON SANTOS
16

PAMPOLINI
22
2
PAULISTINHA
1

QUARENTINHA
21
24
ROSSI
4
4
ZAGALO
7
1
ZÉ MARIA
19

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O PRIMEIRO JOGO DO BOTAFOGO CONTRA O BONSUCESSO


No dia 9 de junho de 1929, o Botafogo foi pela primeira vez a Bonsucesso, enfrentar o clube local, estreante na Primeira Divisão do Campeonato Carioca.
Segundo jornais da época, como O Paiz, “o clube suburbano costuma jogar terrivelmente no seu campo”.
Continua: “Assim, pois, o campo da Estrada do Norte encher-se-á hoje para o cotejo entre os dois times, o qual promete ser forte e bem disputado. Dado o estado atual do Botafogo, não se tem base para um prognóstico. Contudo, o Botafogo é o favorito no consenso geral o que não significa que saia vitorioso”.
Quem olhar unicamente para o placar final do jogo terá por certo uma idéia errônea do que ele foi.
Ao faltarem quinze minutos para o final da partida, o resultado ainda era bem duvidoso.
Depois de um primeiro tempo equilibrado e que terminou empatado em 1 x 1, o segundo meio-tempo transcorria renhido, sem que se notasse uma quebra de equilíbrio, ora notando-se superioridade de um, ora de outro lado.
E deste modo coube ao Botafogo desempatar o jogo, para vê-lo, logo após, novamente empatado.
Coube então ao Bonsucesso obter vantagem, pouco depois desfeita por Celso. Estava neste pé o jogo, quando o goleiro local Medonho, que até então vinha fazendo magistrais defesas, em ocasião verdadeiramente infeliz, coube deixar que, devagar, a bola transpusesse a linha de gol do Bonsucesso.
Caiu então sobre a equipe rubro-azul grande desânimo. Nilo aumentou para cinco o número de gols do Botafogo e, em pouco tempo, mais três gols faziam balançar as redes locais.
O Bonsucesso marcou primeiro, através de Bida. Celso escapou, driblou Nico e Badu e, com forte chute, empatou a partida.
O primeiro tempo termina com a igualdade em 1 x 1.
Veio o segundo meio-tempo e o árbitro marca um pênalti contra o Bonsucesso. Bateu-o Nilo e desempatou para o Botafogo.
Não desanimaram os locais e Arubinha promoveu novamente o empate, que, aliás, durou pouco, pois Ernesto conquistava a seguir o terceiro tento do Bonsucesso. Luiz Carvalho voltou a tornar o placar igual: 3 x 3.
Em dado momento, Celso desferiu forte chute e obteve o quarto gol do Botafogo, em falha do goleiro Medonho.
Aproveitando-se do desânimo dos jogadores do Bonsucesso, logo a seguir, Luiz Carvalho conquistava o quinto gol do Botafogo. O mesmo Luiz aumentou para seis a contagem, alterada por Nilo com a conquista do sétimo ponto. Após escapada de Celso, este fez balançar mais uma vez as redes do Bonsucesso.
Pouco depois, terminou o jogo com a fragorosa derrota do Bonsucesso por 8 x 3.

BOTAFOGO 8 x 3 BONSUCESSO
Data: 9 de junho de 1929
Local: Estrada do Norte, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Horácio Rhodes da Silva
Gols: Celso (3), Luiz Carvalho (3) e Nilo (2) / Bida, Arubinha e Rapadura.
BOTAFOGO: Baby, Octacílio e Alemão; C. Burlamaqui, Rogério e Pamplona; Edmundo, Alkindar (Juca da Praia), Luiz Carvalho, Nilo e Celso. Técnico: Charles Williams.
BONSUCESSO: Medonho, Badu e Heitor (Alvarenga); Nico, Eurico e Carola; China, Bida, Gradim, Ernesto (Rapadura) e Arubinha.

Obs.: antes do jogo, o Bonsucesso entregou uma placa de bronze ao Botafogo.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A PRIMEIRA VEZ: A ESTREIA DE HELENO DE FREITAS


Na noite de ontem, 17 de julho, na Livraria Cultura, do Casa Park, aqui em Brasília, fui ao lançamento da nova edição do livro “Nunca Houve Um Homem Como Heleno”, de Marcos Eduardo Mendes. Aproveitei e também comprei o DVD “Heleno”.
Como disse o autor do livro, este é um daqueles livros que você começa a ler e não quer mais parar. Ainda ontem foram várias páginas “devoradas”.
Por curiosidade, fui até o sumário de jogos e gols. Assim como foi sua vida, com final trágico, sua estréia no Botafogo foi uma tragédia.
Recorri a alguns jornais do dia seguinte ao do jogo para saber o que falaram dele.
O jogo ocorreu em 21 de dezembro de 1939, no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. O resultado foi uma goleada de 5 x 1 a favor do clube argentino San Lorenzo, que realizava excursão pelo Brasil.
Os dois times entraram em campo com as seguintes formações:
BOTAFOGO: Aymoré, Graham Bell e Nariz; Zezé Procópio, Zezé Moreira e Canalli; Álvaro, Heleno de Freitas, Carvalho Leite, Perácio e Patesko.
SAN LORENZO: Gualco, Tersolo e González; Zubieta, Farias e Colombo; Fattoni, Waldemar de Brito, Langara, Ballesteros e Nuñez.
Segundo o Jornal do Brasil, “O jogo transcorreu francamente favorável ao San Lorenzo, cujo quadro movimentou-se com regular precisão, pondo em prática os seus jogadores um jogo bem controlado. Os argentinos atacaram muito maior número de vezes e com muito melhor visão do arco”.
Continua: “O quadro do Botafogo, neste tempo, atuou abaixo de qualquer crítica, não parecendo absolutamente o mesmo quadro que vimos no campeonato”.

“Houve como que uma desarticulação geral de todos os seus elementos. Em seu aspecto geral a partida não agradou, justamente pela diversidade de atuação dos dois adversários”.
“Alguns jogadores do Botafogo entregaram-se a condenáveis excessos de jogo “pesado” e os argentinos disso se aproveitaram, em vez de se amedrontarem.
É justo salientar, no quadro do San Lorenzo, o ótimo jogo de Langara, Fattoni, Nuñez, Zubieta, Valdemar e Farias.
Do Botafogo, apenas Nariz, Graham Bell, Patesko e Carvalho Leite salvaram-se”.
Detalhe: Martim substituiu Heleno de Freitas aos 30 minutos de jogo, quando o placar ainda estava em 0 x 0.

O Imparcial disse: “O Botafogo jogou mal, principalmente quando viu presente a sua derrota. Somente Nariz, Graham Bell, Canalli e Patesko jogaram com técnica.
Além da sua substituição, a única menção do jornal a Heleno foi a seguinte: “Gualco, aos seis minutos de jogo, se machuca, ao defender uma bola de Heleno”.

A Noite falou ainda menos da estréia de Heleno: “Aliás, todo o quadro do Botafogo, com exceção de Patesko, Graham Bell e Perácio (este sem chutar) falhou...
A indiferença veio no seguinte texto: “Aos 32 minutos de jogo, o Botafogo faz a segunda substituição: entra Martim na meia direita” (nota: ou seja, no lugar de Heleno!).

Com a manchete “Esmagadora Vitória do San Lorenzo sobre o Botafogo”, a Folha da Noite, de São Paulo, praticamente faz os mesmos comentários sobre o jogo. Diz: “O Botafogo, embora procurasse se antepor ao valoroso quadro portenho, não teve atuação digna de louvores. Seus homens, na maioria, lançavam mão de jogadas brutas para conter a técnica adversária”.
“Apenas Nariz salientou-se na equipe alvinegra, trabalhando para evitar a queda por mais vezes do posto guardado por Humberto (que substituiu o titular Aymoré, contundido logo no início do jogo), que esteve abaixo da crítica”.
Termina dizendo “Martim substituiu Heleno, que nada produziu de aproveitável”.

terça-feira, 17 de julho de 2012

AS DECISÕES: TAÇA GUANABARA DE 1967


A decisão da Taça Guanabara de 1967 aconteceu entre Botafogo e América, no dia 20 de agosto de 1967, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

O início do jogo não podia ter sido melhor: dada a saída, o Botafogo foi à frente, o América tomou a bola, tentou o contra-ataque, perdeu, o Botafogo voltou, Paulo César recebeu pela ponta-esquerda, fechou para a área e, da posição de meia esquerda, atirou forte de pé direito, colocando a bola no gol. Menos de um minuto, 1 x 0. O América deu a saída, Antunes lançou Edu pelo meio, ele livrou-se de Zé Carlos, entrou na área e, quando Manga saiu, colocou no canto esquerdo. Segundos depois, 1 x 1.
O Botafogo, porém, absorveu o choque do empate tão prematuro e não sentiu o gol. Voltou para frente, mais disposto e melhor armado em campo, ganhando quase todas as disputas e conquistando as bolas sobradas. Era o time melhor armado taticamente e melhor preparado fisicamente – e por isso tinha o domínio do jogo.
A entrada de Paulo César deu ao ataque a força necessária para que tomasse todos os espaços do campo, pois ele não era um ponta recuado, mas sim um ponta que recuava. Quando o time ia à frente, Paulo César acompanhava e se tornava um homem útil e agressivo.
O América, parecia, não esperava um Botafogo completo mas sim a equipe torta, perneta na esquerda, onde Afonsinho é um excelente armador mas sem nenhuma objetividade para o gol. A presença de Paulo César e sua movimentação tirou toda a perspectiva de jogo de Joãozinho, uma das peças bases da equipe americana. Joãozinho ficou perdido, sem saber o que fazer, enquanto Marcos e Ica limitavam-se exclusivamente ao desarme, sem municiar o ataque. O Botafogo era um todo, ia e vinha inteiro; o América estava dividido, o ataque – Edu, Antunes e Eduardo – isolado do resto, a equipe jogava em ritmo sincopado.
O domínio do Botafogo manifestava-se pelo maior volume de jogo e pela neutralização do adversário, que sequer conseguia contra-atacar quando tinha tudo para fazê-lo. O Botafogo mantinha três homens de defesa contra os três atacantes americanos num esquema arriscado, mas que dava certo, pois os lançamentos que vinham da defesa do América não eram passes em profundidade, mas rebatidas a esmo, dificultando as ações de Edu, encarregado de voltar para buscar o jogo.
Aos 44 minutos, então, aconteceu o lance que parecia fatal ao Botafogo: numa entrada desleal, Jairzinho atingiu o tornozelo de Aldeci, sendo imediatamente expulso de campo. E o Botafogo deixou o campo, no intervalo, com seu poderio ofensivo sensivelmente abalado.
O segundo tempo revelou, porém, outra faceta do jogo: o Botafogo superava-se para suprir a falta de um homem, e o América não sabia explorar a vantagem que tinha. O que se via era um time correndo todo o campo, disputando a bola para valer, com raro entusiasmo, imbuído pelo clima de decisão enquanto o outro tentava impor um estilo que não é o seu. O Botafogo, em sua movimentação, nos deslocamentos constantes de Roberto, Rogério e Paulo César, compensava a ausência de Jairzinho. Na velocidade, dominava o meio de campo e mantinha sempre o campo americano mais ocupado que o seu.
Mesmo o segundo gol do América não chegou para decidir, apesar de toda a vantagem que tinha. Aos 17 minutos, cobrando uma falta de longa distância, de Carlos Roberto em Antunes, Eduardo atirou forte, indo a bola entrar no ângulo esquerdo do gol de Manga. O Botafogo, porém, manteve seu ritmo, continuou fazendo o que estava certo, firme no esquema defensivo bem armado e ativo nas deslocações do ataque, em luta constante. Aos 25 minutos, Paulo César recebeu a bola pela direita e repetiu a jogada do primeiro gol, só que pelo lado contrário; correndo no sentido lateral, trocou de pé e chutou de esquerda, firme e rasteiro, colocando a bola no canto esquerdo de Arésio, que ainda conseguiu tocá-la.
O América assustou-se, mas tinha gravado no subconsciente a vantagem do empate, com a decisão pelo saldo de gols. Procurou travar o jogo, amainar a correria, tocar a bola de pé em pé. Ao Botafogo só a vitória interessava e assim o time dirigido por Zagalo entrou embalado para os vinte minutos da prorrogação. Começou de novo na frente, atacando, teve algumas oportunidades para marcar, e foi apertando até os 15 minutos da prorrogação, quando Paulo César trocou passes com Gérson e recebeu a bola de volta, limpa, no meio da área, e livre completou para marcar seu terceiro gol. Gol de uma vitória antes de tudo justa, do time que foi mais inteligente e mais ardente, e por isso o campeão da Taça Guanabara.


As duas equipes formaram assim:
BOTAFOGO - Manga, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo César. Técnico: Zagalo.
AMÉRICA - Arésio, Sérgio, Alex, Aldeci e Djair; Marcos e Ica; Joãozinho, Antunes, Edu e Eduardo. Técnico: Evaristo de Macedo.
O árbitro foi Cláudio Magalhães, auxiliado por Frederico Lopes e Airton Vieira de Morais.
A renda total atingiu NCr$ 183.226,30, com 70.254 pagantes e 12.177 menores presentes.


Fonte: Última Hora


Comentários pós-jogo


Armando Nogueira


Mil armas mobilizou o time do Botafogo para conquistar o título de campeão da Taça Guanabara, anteontem, no Maracanã: a aplicação do meio-campo, o poder de chute de Paulo César, o espírito ofensivo dos beques laterais, a troca constante entre Paulo César e Roberto, mas, acima de tudo, o campeão da cidade se fez, domingo, por uma quase inacreditável determinação de vencer.
Poucas vezes, pouquíssimas vezes mesmo, tenho visto uma equipe fazer tanto, em luta, em resistência, em correção, para ganhar uma partida quanto fez o Botafogo, domingo.
Houve organização de jogo, houve atuações individuais soberbas, houve coragem na atuação do time do Botafogo, houve superação das próprias forças para vencer uma partida de roteiro profundamente ingrato para os corações botafoguenses.
Inesquecível tarde de glória para o futebol e para o Botafogo que realizou em 110 minutos de suor uma das mais empolgantes vitórias a que tenho assistido no Maracanã.
A circunstância de ter jogado com dez elementos é notável, é notável, também, que Paulo César tenha marcado três gols de craque, mas tenho a impressão de que o que mais exalta a vitória do Botafogo é a conquista do público que começou contra ele e acabou a favor dele. Conquistar um título talvez não seja tão difícil, conquistar um estádio, sim, é consagrador. E o time do Botafogo conseguiu esse milagre: a multidão de espectadores formada de rubro-negros, vascaínos e tricolores, que por um respeitável sentimento de simpatia ali estava para torcer pelo América, rendeu-se pelo coração de Carlos Roberto.
No fim do jogo, um colega de imprensa me dizia, com ar de derrota, que o time do América o havia decepcionado. Infelizmente, eu estava feliz demais e não pude perder tempo com a amargura do rapaz. Senão, eu lhe teria pedido, na hora, que respeitasse ao menos as lágrimas vertidas no abraço, camisas ensopadas, de Eduardo e Paulo César.
A dignidade com que o Botafogo venceu só pode ser comparada à dignidade com que o América perdeu. A contrapartida do heroísmo, no futebol como na vida, não é forçosamente a covardia. O time do América não se acovardou, o time do América ouviu o derradeiro apito do juiz dentro da área do Botafogo. Atormentou-se pelo cerco irresistível do Botafogo, mas não fugiu: foi heroico no martírio da derrota como o Botafogo foi heroico no delírio de vencer.
Os deuses do futebol hão de ter abençoado, sem distinção, os derrotados do América e os vencedores do Botafogo que fizeram explodir no estádio, domingo, as emoções mais profundas da alma humana. Heróis de uma tarde de aflições e de alegrias para o coração de uma cidade que ainda é capaz de sorrir e de chorar diante do universo infantil de uma bola que rola.
Fico devendo ao futebol e especialmente ao Botafogo e ao América a lágrima da mais pura alegria que surpreendi no rosto quase meu de uma certa criança escondida na multidão dominical do Maracanã.


Oldemário Touguinhó


O juiz apita e o jogo acaba. Os jogadores do Botafogo começam a festejar a conquista da Taça Guanabara. Nesse instante, Carlos Roberto sai correndo e apanha a bola. Fica com ela debaixo do braço durante as comemorações. Um torcedor mais apaixonado exige sua camisa. Ele a tira com cuidado, mas não larga a bola. A festa continua. Jairzinho sobe as escadas do túnel e, chorando, abraça Carlos Roberto. Tudo é alegria. Gérson recebe a taça e sai com ela correndo pelo campo, com o rosto e a camisa molhados de suor: vê no troféu uma vitória pessoal sobre sua infelicidade em ganhar títulos. O jogador exibe a taça e diz, com a voz embargada, que também ele é campeão e que já não podem mais dizer que não serve para partidas decisivas. Num canto do campo, Paulo César é sufocado pelos abraços dos companheiros. Até o zagueiro Chiquinho, afastado do time titular por uma contusão, chora, beijando Paulo César, um menino de cara alegre e nariz grande, que vive o seu grande dia. Após uma série de discussões com o clube, finalmente voltou ao time e, com seus gols, garantiu a vitória e a conquista da taça. O diretor Xisto Toniato dá cambalhotas no campo, como um menino de colégio. Tudo é alegria. O técnico Zagalo, com os olhos cheios de lágrimas, diz a todo instante que a vitória foi dos jogadores. No vestiário, as homenagens continuam. Carlito Rocha diz que foi um feito dos tempos do amadorismo: “Os meninos, hoje, fizeram-me recordar a minha juventude”. Um pouco mais distante está o velho Juvenal, campeão de 1948. Com alguns cabelos brancos e óculos, sorri sem parar. Veio ver seu time vencer. Salim, torcedor dedicado e otimista, mostrava seu gravador portátil onde estavam registrados os três gols do Botafogo. O barulho aumenta gradativamente. Os jogadores, aos poucos, vão saindo do estádio, onde uma multidão de torcedores começa a gritar seus nomes. De repente, tranqüilamente, com uma bola debaixo do braço, passa um deles. E uma turma de amigos corre para abraçá-lo. Ele continua andando. A torcida do Botafogo está do outro lado, festejando a vitória. O garoto, enquanto isso, só tem ao seu lado uns dez rapazes. Perto da porta do estádio, ele para e diz para os amigos: “Esta bola é o meu troféu. Vou mostrá-la para todos lá na rua, em Madureira. Parece até mentira, eu com a bola do jogo.” De fato, Carlos Roberto tem o direito de ficar com a bola, pois foi o melhor jogador da partida, nessa tarde de festa para o futebol.


Fonte: Jornal do Brasil.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

O BOTAFOGO CAMPEÃO DO TORNEIO RIO-SÃO PAULO DE 1962


Na primeira fase do Torneio Rio-São Paulo de 1962, os nove clubes participantes foram divididos em dois grupos: o A, integrado pelos cinco clubes cariocas: América, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama), e o B, com quatro clubes paulistas: Corinthians, Palmeiras, Portuguesa de Desportos e São Paulo.
Jogaram dentro dos seus respectivos grupos, com os dois primeiros colocados de cada um passando para a Fase Final, onde disputaram um quadrangular final.
Eis a campanha do campeão Botafogo:

BOTAFOGO 1 x 0 FLUMINENSE
Data: 18.02.1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Eunápio de Queirós
Público: 20.312
Renda: Cr$ 1.813.403,00
Gol: China
BOTAFOGO: Manga, Joel, Zé Maria, Nilton Santos (Paulistinha) e Rildo; Pampolini e Didi; Garrincha, China (Neyvaldo), Amarildo e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues.
FLUMINENSE: Castilho; Jair Marinho, Pinheiro, Clóvis e Altair; Edmilson e Walter Lino; Calazans (Jair Francisco), Osvaldo, Jaburu (Waldir) e Escurinho. Técnico: Zezé Moreira.

BOTAFOGO 4 x 1 VASCO DA GAMA
Data: 21.02.1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Antônio Viug
Gols: Amarildo (2), Neyvaldo e Barbosinha-contra / Da Silva
BOTAFOGO: Manga, Joel, Zé Maria, Nilton Santos (Paulistinha) e Rildo; Pampolini e Didi; Garrincha, Quarentinha (China), Amarildo (Neyvaldo) e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues.
VASCO DA GAMA: Ita, Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel (Dario); Nivaldo (Laerte) e Lorico; Sabará, Javan, Vevé e Da Silva. Técnico: Paulo Amaral.

BOTAFOGO 4 x 1 AMÉRICA
Data: 26.02.1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Amílcar Ferreira
Renda: Cr$ 1.799.241,00
Expulsão: João Carlos.
Gols: China (2), Amarildo e Neyvaldo / Jorge
BOTAFOGO: Manga, Joel, Zé Maria, Nilton Santos (Paulistinha) e Rildo; Airton (Pampolini) e Didi; Garrincha (Neyvaldo), China, Amarildo e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues.
AMÉRICA: Ari, Jorge, Djalma Dias, Leônidas e Ivan; Amaro e João Carlos; Gilbert (Abel), Marco Antônio (Antoninho), Luiz Carlos e Nilo. Técnico: Miguel Pimenta.

BOTAFOGO 2 x 3 FLAMENGO
Data: 01.03.1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Armando Marques
Público: 43.559
Expulsão: Amarildo
Gols: Garrincha e Amarildo / Dida (2) e Germano
BOTAFOGO: Manga, Joel, Zé Maria, Nilton Santos e Rildo; Airton (Édson) e Didi (Pampolini); Garrincha, China (Neyvaldo), Amarildo e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues.
FLAMENGO: Fernando, Joubert, Jadir, Bolero e Jordan; Carlinhos e Nelsinho; Joel, Henrique, Dida (Adilson) e Germano.

BOTAFOGO 2 x 1 SÃO PAULO
Data: 11.03.1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Olten Aires de Abreu
Público: 29.254
Renda: Cr$ 2.500.643,00
Gols: Garrincha e Amarildo / Ailton
BOTAFOGO: Manga, Joel, Zé Maria, Paulistinha e Rildo; Pampolini (Édson) e Didi; Garrincha, China (Neyvaldo), Amarildo e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues.
SÃO PAULO: Suli, Deleu, De Sordi e Riberto; Roberto Dias e Jurandir; Célio (Faustino) (Sabino), Prado, Baiano (Jair), Benê e Ailton. Técnico: Aymoré Moreira.

BOTAFOGO 1 x 0 FLAMENGO
Data: 14.03.1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Wilson Lopes de Souza
Público: 41.670
Gol: Amarildo
BOTAFOGO: Manga, Joel, Zé Maria, Paulistinha e Rildo; Airton e Didi; Garrincha, Quarentinha (Neyvaldo), Amarildo e Zagalo. Técnico: Marinho Rodrigues.
FLAMENGO: Fernando, Vanderlei, Jadir, Bolero e Jordan; Carlinhos e Nelsinho; Joel (Adilson), Henrique, Dida e Germano.

BOTAFOGO 3 x 1 PALMEIRAS
Data: 17.03.1962
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Romualdo Arppi Filho
Público: 46.368
Renda: Cr$ 4.588.641,00
Gols: Amarildo (2) e Quarentinha / Zequinha
BOTAFOGO: Manga, Joel (Cacá), Zé Maria, Nilton Santos e Rildo; Airton e Didi; Garrincha, Quarentinha (China), Amarildo e Zagalo (Neyvaldo). Técnico: Marinho Rodrigues.
PALMEIRAS: Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina e Jorge; Aldemar e Zequinha; Gildo (Zeola), Américo, Vavá, Chinesinho e Geraldo II. Técnico: Maurício Cardoso.